quinta-feira, setembro 23, 2010

Umeric 'Until Now' 2010

“Na terra a olhar o céu” CCVF Guimarães 25 Setembro



“Na terra a olhar o céu” é um espectáculo a solo de Teresa Prima e o primeiro de dois objectos coreográficos a serem criados no âmbito do projecto B.
"O Projecto B, em desenvolvimento desde Janeiro de 2009, é um projecto de pesquisa, experimentação, sensibilização e criação coreográfica cuja força motriz é a procura da beleza, “lugar em comum” entre os seus intervenientes. Propositadamente estendido no tempo, envolve ateliers, conversas e outras actividades que visam estabelecer uma relação de partilha, troca e enriquecimento mútuo. Interessando-se, pois, pela visão, planos e estratégias que cada um pode criar para que a procura B possa ter lugar, ele será, por fim, um álbum, uma colecção dos processos, experiências e vivências de todos aqueles que, permanente ou temporariamente, dele fizeram parte.
“On Earth Looking at the Sky” is a solo show by Teresa Prima and the first of two choreographies created for Projecto B.

Projecto B, created in January 2009, is a research, experimentation and choreographic creation project aiming at finding the beauty of things, a common desire shared by all the participants of the project. This long-term project is made of workshops, debates and other activities aiming at sharing and exchanging knowledge. Project B is about sharing the ideas, plans and strategies that each of its members has, creating an album, a collection of procedures and experiences of those who permanently or not participated in the project."


CCVF

sábado, setembro 18, 2010

sexta-feira, setembro 17, 2010

quinta-feira, setembro 16, 2010

The Green Transition

PONTES PARA UM FUTURO MAIS POSITIVO — EXPOSIÇÃO

pass(e)ar - passear em vez de passar

e se PASSAR pudesse SER MUITO MAIS?

e se uma ponte pudesse levar até nós a NATUREZA?

e se o homem voltasse a sentir o TEMPO?

Será uma ponte capaz de crescer como a organicidade de uma flor?

Poderão seus pés serem JARDINS?

e se um jardim VERMELHO provocasse em nós o OBSERVAR?

e se um jardim AMARELO fizesse-nos RESPIRAR?

e se um jardim AZUL permitisse-nos MEDITAR?

será uma ponte capaz de ser oposição à velocidade ilusória da sociedade do consumo?

Seremos nós capazes de recuperar o tempo real das coisas?

Falo sobre tempo!

Falo sobre sentir!

Falo sobre ser capaz de passear onde apenas precisamos passar!


trabalho de: Raimundo Gomes, José Oliveira e Henrique Chaló


Experimenta Design

PONTES PARA UM FUTURO MAIS POSITIVO
Exposição do Concurso Internacional de Ideias para Nova Ponte Ciclável em Lisboa

Mais de 50 projectos de arquitectura revelam propostas inovadoras e sustentáveis para uma ponte ciclável sobre a 2ª circular em Lisboa.
Em Julho de 2009, a Fundação Galp Energia em parceria com a EXD’09 desafiou arquitectos e engenheiros portugueses e estrangeiros a projectar um novo equipamento para a cidade. Possibilitando a travessia da 2ª circular em bicicleta, esta ponte constituiria um estímulo à mobilidade urbana sustentável bem como um legado para Lisboa e seus habitantes.

Uma iniciativa da Fundação Galp Energia, esta exposição apresenta parte significativa dos projectos submetidos a concurso, oriundos de 14 países, dos quais se encontram representados Bangladesh, Bélgica, Brasil, Espanha, Índia, Israel, Itália, Jordânia, Portugal, Reino Unido e Tunísia.


Inauguração 16 Setembro, 19h30

Palácio Quintela
17 de Setembro – 17 de Outubro
Terça a Domingo, 10h - 22h
Entrada Gratuita

Rua do Alecrim, 70 / 1200-018 Lisboa






What's New In Cinema 4D Version 12: Motors

IS YOU ME


O Centro Cultural Vila Flor comemora o seu 5º aniversário com um espectáculo que reúne dois dos maiores criadores do panorama mundial da dança contemporânea.

“Is You Me” é um dueto altamente criativo e a segunda colaboração entre o canadiano Benoît Lachambre e Louise Lecavalier – considerada um dos ícones da dança contemporânea e antiga estrela dos La la la Human Steps. Dois fabulosos intérpretes num palco completamente branco, no meio de coloridas e enérgicas séries de projecções vídeo de Laurent Goldring, com música de Hawn Rowe. Desenhos de linhas são feitos à volta e por cima dos corpos dos bailarinos. Os espaços são preenchidos com cores, imitando formas animais e objectos. “Is You Me” é uma colaboração única, que resulta num espectáculo surpreendente.

*No espectáculo que assinala o 5º aniversário do Centro Cultural Vila Flor lançamos-lhe um desafio: ao adquirir o bilhete pague o que quiser. Deixamos à sua consideração pagar o que achar justo.

Centro Cultural Vila Flor celebrates its 5th anniversary with a show with the best two choreographers of contemporary dance around the world.

“Is You Me” is a highly inventive duet and the second collaboration for Canadian Benoît Lachambre and Louise Lecavalier – she is considered one of the icons of contemporary dance and former star of La la la Human Steps. Two amazing performers on an all white stage, in the midst of a kinetic, colorful and visually riotous series of video projections by Laurent Goldring and music by Hawn Rowe. Lines are drawn around and across the dancer’s bodies. Spaces are filled with color and imitate human forms, animals and objects. “Is You Me” is a unique collaboration in a startling visual feast.

"Carne e píxeis sobre tela" Crítica Ípsilon por: Luísa Roubaud

  • ípslon

  • Is You Me (Torres Novas)
  • Coreógrafo: Benoît Lachambre (criação conjunta), Louise Lecavalier (criação conjunta), Laurent Goldring (criação conjunta), Hahn Rowe (criação conjunta)
  • M/12. Festival Materiais Diversos.

Criação conjunta de Benoît Lachambre, Louise Lecavalier, Laurent Goldring e Hahn Rowe.

Alguma expectativa envolvia o reencontro (depois do solo "I" Is
Memory, 2006) destes dois criadores-intérpretes canadianos de nomeada, com percursos na dança muito distintos. A indómita e carismática Louise Lecavalier (n. 1958), ícone da dança dos anos 80/90, é considerada uma das mais fulgurantes e trágicas bailarinas da nossa época. A sua energia acrobática deixaria famosos os barrel jumps (aparatosos tour en l"air na horizontal), imagem de marca da companhia La La La Human Steps, e combinava na perfeição com a atmosfera urbana do repertório daqueles anos; Benoît Lachambre (n. 1960; Forgeries, Love and Other Matters, de e com Meg Stuart, Culturgest, 2005), orientou-se para as release e somatic techniques, e a pesquisa interdisciplinar; a improvisação norteia o trabalho que desenvolve na estrutura Par B.L.eux, desde 1996. À dupla juntou-se o artista visual L. Goldring (n. 1957) e o compositor H. Rowe (n. 1961); Is You... resulta numa espécie de jam de improvisação-contacto multimédia. Um ciclorama branco ao fundo da cena era a tela vazia onde, a partir de um software de desenho, um projector construía o espaço cénico com linhas e formas geométricas animadas, e um registo monocromático cedia lugar a cores plenas. Música electrónica, sons do trânsito, vozes, canto de cigarras samplados compunham a paisagem sonora. Louise e Benoît, corpos sobre a tela digitalmente maquilhados, num dueto sem identidade nem género, encapuzadas sob indumentária casual, ora negra, ora colorida, eram personagens gráficas, dissolvidas numa geometria em movimento; irrompiam, ocasionalmente, como organismos vivos (por vezes répteis ou aves; outras quase humanos). Nos momentos mais curiosos, dançavam com as linhas de desenho, pareciam seguir ou produzir a sua dinâmica, subvertendo o pressuposto de que o corpo em dança reage sobretudo à música ou som. O exercício proposto não é, porém, sempre resolvido com clareza: entre a matéria orgânica dos corpos e a projecção gráfica quasi-animista, permanece uma zona de conflito. Uma tensão entre a abstracção e representação - interessante, mas nem sempre produtiva - interfere com a pura fruição perceptiva mas também com o chamamento de outras associações mentais; e suscita, amiúde, a tomada de consciência acerca dos momentos de confluência - e de deriva - decorrentes de uma improvisação multimédia a quatro mãos. A exploração da dimensão "não-utilitária" da tecnologia digital na performance tem, nas últimas décadas, criado novos universos plásticos, poéticos e temáticos que, reflectindo a mudança estatuto do corpo no mundo actual, exploram a conectividade da arte aos tempos que correm. Este corpo "pós-humano" conhece, contudo, uma genealogia antiga, com a pré-história em Loie Fuller (1862-1928), num arco que atravessa o século XX e desemboca nas experimentações de Cunnigham, Y. Rainer, nos sixties judsonianos, na body art, nos corpos cyborg, etc. Is you me... actualiza aspectos debatidos desde os anos 50-70, baseando-os, agora, na interactividade digital: a acessibilidade do gesto, a efemeridade da performance, o acaso, o valor do processo face ao produto, são aproximações metafóricas da própria vida. Um controlo técnico irrepreensível não impede, todavia, a peça de resultar mais visual que conceptual; outros questionamentos dissipam-se num jogo das interacções digitais, ficando a ideia de que tanto haveria por onde subtrair como por onde adicionar.


domingo, setembro 05, 2010

Encontros Internacionais de Música 2010 | CCVF - Centro Cultural de Vila Flor



Continuam abertas as inscrições para os Encontros Internacionais de Música de Guimarães que este ano se realizam de 30 de Agosto a 11 de Setembro, no Centro Cultural Vila Flor. A edição de 2010 contará novamente com a participação de professores de renome internacional e de mérito inquestionável.
Em Setembro, o Centro Cultural Vila Flor volta a ser um espaço privilegiado para a celebração da música erudita. Através da junção da componente formativa e da apresentação de recitais, os Encontros Internacionais de Música de Guimarães potenciam encontros, proporcionam interacções, dão espaço à criatividade e ao aperfeiçoamento, dão “palco” a jovens e promissores músicos que, em conjunto com artistas e pedagogos de craveira internacional, têm a oportunidade de mostrar o seu talento. A direcção artística do evento está a cargo do Prof. António Saiote.
Estimados jovens músicos, bem-vindos mais uma vez a Guimarães. Este ano, temos o grato prazer de saudar a integração da insigne Academia Valentim Moreira de Sá na organização dos Encontros Internacionais de Música de Guimarães. Que aproveitem o excelente espaço do Centro Cultural Vila Flor e a disponibilidade da sua excelente equipa, são os nossos votos. Como é tradição, além dos magníficos professores convidados e dos pianistas que apoiarão as suas classes, teremos a presença do vice-director do Sistema Venezuelano de Orquestras Juvenis o que representa uma perspectiva de cooperação frutuosa no futuro. Resta-me saudar a Oficina e o Convívio pela colaboração que nos tem prestado e pelo empenho e dedicação demonstrados. António Saiote

MASTERCLASSES - 02 a 04 de Setembro
Professores Nível Superior
Pascal Gallois - Fagote

MASTERCLASSES - 06 a 10 de Setembro
Professores Nível Superior
Michael Cox - Flauta
António Saiote - Música de Câmara e Interpretação Musical
MASTERCLASSES - 07 a 10 de Setembro
Professores de Nível Superior
Omar Zoboli - Oboé
Professores Acompanhadores
Alexei Eremine, Anna Tomasik-Michalczik, Elsa Silva e Michiko Tsuda
As inscrições poderão ser efectuadas no Centro Cultural Vila Flor ou neste site através do preenchimento do formulário disponível online. As condições gerais de participação nos Encontros Internacionais de Música de Guimarães encontram-se disponíveis no final desta página, no ficheiro em PDF.

Encontros Internacionais de Música 2010 | CCVF - Centro Cultural de Vila Flor

sábado, setembro 04, 2010

Às voltas no mundo de Sofia


"É um filme sobre o vazio. Sobre gente no limbo à procura do seu lugar na vida.Somewhere anda às voltas sem sair do mesmo sítio - tal como Sofia Coppola. E isso, neste caso, é bom



Sofia Coppola está habituada ao escrutínio dos holofotes - como se não bastasse ser filha de quem é, quem assina Lost in Translation - o Amor é um Lugar Estranho, um dos primeiros filmes seminais do século XXI, ergue inescapavelmente as expectativas a uma fasquia difícil de manter.

Daí que, quatro anos depois de uma
Marie Antoinette que dividiu as águas e levou alguns a chamarem-lhe mulher de um só filme, o primeiro frisson inevitável da competição do Festival de Cinema de Veneza seja Somewhere.

O filme foi acolhido calorosamente - a idiossincrasia de
Marie Antoinette foi perdoada, mesmo que não reencontremos aqui a inspiração do sublime Lost in Translation, mesmo que este filme que se diz ser o "mais pessoal" da filha Coppola seja no fundo mais uma variação sobre o seu tema habitual: gente no limbo à procura do seu lugar na vida.

Mas chegará isso para recuperar o estatuto?

Não sabemos. Apesar dos aplausos que receberam o filme na projecção de imprensa, estamos mesmo a ver muita gente a resmungar que
Somewhere é mais um filme de menina rica sobre meninos ricos que não sabem o que fazer na vida.

É verdade. Lembrámo-nos, a certa altura, do episódio que Sofia escreveu para a
História de Nova Iorque do pai Francis, há vinte anos, sobre uma menina rica que vive num hotel - e Johnny Marco, o actor desenraizado interpretado por Stephen Dorff que é o centro de Somewhere, vive no lendário Chateau Marmont de Los Angeles.

Lembrámo-nos, também, de Marie Antoinette, menina rica perdida num mundo que não dominava - e Johnny também está perdido, na cerveja, nas noitadas, no tabaco, no sexo fácil a toda a hora, nas
lap dances ao domicílio, no superluxo dos hotéis e do tratamento VIP. Que não são "substitutos" de nada mas apenas maneiras de preencher o vazio.

Mas o que Sofia faz tão bem é precisamente fazer-nos sentir o vazio - viver o vazio. Dentro desta fachada de luxo não há nada e é preciso que haja alguma coisa, quanto mais não seja por Cleo, a filha adolescente que visita Johnny de vez em quando e acaba por lhe mostrar, imperceptivelmente, o que lhe falta.

E é preciso estar com atenção para ver o que falta.
Somewhere é um filme de pormenores subterrâneos, planos longos e cores queimadas (rodadas e projectadas em película - o director de fotografia é Harris Savides, que assina aqui um segundo belo trabalho de Los Angeles em filme depois do Greenberg de Noah Baumbach). É o filme mais despojado, mais austero, mais "vazio" de Sofia - e esse despojamento é o exacto oposto da máquina da fama que Somewhere retrata com um misto impiedoso de melancolia e humor que fere onde dói mas que não julga. Contudo, o próprio filme presta-se a essa máquina, ao estar a concurso num festival tão mediaticamente VIP como Veneza.

A ironia não se perde: ao nosso lado na projecção está uma jornalista italiana louríssima, impecavelmente produzida, que logo antes do filme começar pega no espelho para ver como está o cabelo, bufa aborrecida um par de vezes ao longo do filme e, assim que as luzes sobem, saca da bolsa para retocar a maquilhagem.

Há, evidentemente, algo de rebelde num filme que morde (mesmo que gentilmente) a mão que lhe dá de comer, de menina rica que se queixa sobre como é chato ser uma menina rica. Mas são essas contradições que alimentam a tensão do cinema de Sofia e, sobretudo, de
Somewhere.

E, como em todos os filmes de Sofia, é nesse vazio onde nada parece acontecer que tudo acontece - por camadas, por acumulação de pequenos nadas que constroem uma história pontilhista.

É legítimo perguntar: estaríamos a prestar tanta atenção a
Somewhere se fosse outra pessoa (digamos, Vincent Gallo) a realizá-lo? Gostaríamos tanto? É uma pergunta sem resposta. Mas pensá-lo implica que Sofia é uma menina rica que só filma por ser filha de quem é. E o que faz de Somewhere um bom filme é precisamente isso: ninguém filma o vazio do sucesso como alguém que o conhece de dentro para fora. Alguém como Sofia Coppola. Ninguém filma o vazio do sucesso como alguém que o conhece de dentro para fora. Alguém como Sofia Coppola (à esquerda, imagem de uma das cenas de Somewhere)"


QL: Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura

QL: Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura