sábado, dezembro 16, 2006

Sapataria Vip I lousada I 2006

ARQUITECTURA I raimundogomesarquitecto








A realidade da arquitectura é o concreto, o que se tornou forma, massa e espaço, o seu corpo. Não existe nenhuma ideia, excepto nas coisas.

ZUMTHOR, Peter, Pensar a Arquitectura, Editorial Gustavo Gili, SA, Barcelona, 2005, p. 32.
Pessoalmente gosto da ideia de projectar e construir casas, das quais me retiro como projectista no fim do processo de construção e onde deixo uma obra que é ela própria , que serve para a habitação como parte do mundo das coisas, que se sai bem sem a minha retórica pessoal

ZUMTHOR, Peter, Pensar a Arquitectura, Editorial Gustavo Gili, SA, Barcelona, 2005, p. 30.
O que o eu tem de único encontra-se precisamente naquilo que o ser humano tem de inimaginável.

KUNDERA, Milan, A insustentável leveza do ser, Publicações Dom Quixote, 27º edição, Lisboa, 2005, p.228.

quarta-feira, setembro 06, 2006

"Deixem-nos ser conscientemente arquitectos imaginativos!"

Bruno Taut

Filarmónica de Berlim (1956-1963)

Arquitecto: Hans Scharum






"O género humano está ligado e em dívida par com o tempo e espaço em continua mudança, uma vez que os criamos e somos simultaneamente determinados por ambos; assim, o espaço em que vivemos é - no significado e na issência - não da natureza estática, mas sim dinámica"

Hans Scharoun

segunda-feira, agosto 14, 2006

“(…) a beleza é um mundo traído. Só podemos encontrá-la quando aqueles que a perseguem a deixam por engano num sítio qualquer.”

KUNDERA, Milan, A insustentável leveza do ser, Publicações Dom Quixote, 27º edição, Lisboa, 2005, p.130.

“(…)”Vou contar-te a história de um poeta do começo do século. Estava muito velho e era o secretário que o levava a passear. Um dia este disse-lhe: Levante a cabeça, Mestre, e veja! Olhe o primeiro aeroplano a passar por cima da cidade! – Posso muito bem imaginá-lo, replicou o Mestre.”

KUNDERA, Milan, A insustentável leveza do ser, Publicações Dom Quixote, 27º edição, Lisboa, 2005, p.102.

sexta-feira, julho 28, 2006

GEGO I desafiando estruturas

Museu de Serralves I 28 jul a 15 out 2006

"Só com metal posso transportar aquilo que é transparente, e isso inclui o espaço em volta da escultura, a fim de o o incorporar na propria obra."
Gego


As esculturas e desenhos de Gego são mãos de arame, que com a sua delicadeza e flexibilidade abraçam o espaço vazio, e dão legibilidade ao palco onde acontece a mais infinita das danças.

raimundo gomes I 07 I 2006

quarta-feira, julho 26, 2006

A Concha

A minha casa é concha. Como os bichos
Segreguei-a de mim com paciência:
Fachada de marés, a sonho e lixos,
O horto e os muros só areia e ausência.

Minha casa sou eu e os meus caprichos.
O orgulho carregado de inocência
Se às vezes dá uma varanda, vence-a
O sal que os santos esboroou nos nichos

E telhados de vidro e escadarias
Frágeis, cobertas de hera, oh bronze falso!
Lareira aberta ao vento, as salas frias.

A minha casa… Mas é outra a história:
Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço,
Sentando numa pedra de memória.

Vitorino Nemésio in “Bicho Harmonioso”

Um abraço de agradecimento ao meu amigo António Brás, que teve a gentileza de enviar-me este poema.

terça-feira, julho 18, 2006

Só se existe uma vez.

Entro no palco. Sou um actor cuja peça que queria ter ensaiado, não ensaiei.

Estou no palco e apenas sinto o que não sei. O peso deste fardo devia-me paralisar, mas deixa-me leve.

Os olhares dos espectadores possuem uma força e pela primeira vez percebo-a. São agora os braços que dão forma e movimento aos meus braços.

A satisfação das palmas esmaga a sala. Após ter perdido o meu ego e o meu corpo se ter esvaziado, sinto o cheio da ausência. Larguei as minhas próprias mãos e senti-me abraçado.

Perdi a memoria até do presente. Compreendo que só se pode ser actor uma vez, que só se existe uma vez.


raimundo gomes I 2006

Não poder viver se não uma vida é pura e simplesmente como não viver.

KUNDERA, Milan, A insustentável leveza do ser, Publicações Dom Quixote, 27º edição, Lisboa, 2005, p.17

sábado, julho 15, 2006

Poética (I)

De manhã escureço
De dia Tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo
Eu morro ontem.

Nasço amanhã
Ando onde há espaço
- Meu tempo é quando.

DE MORAES, Vinicius, O Operário em Construção, Publicações Dom Quixote, Selecção e Prefácio de Alexandre O´Neill, Lisboa, 2001, p.126.

domingo, julho 02, 2006

A Experiência do Lugar II


Helena Almeida, A Experiência do Lugar II, 2004, videostill.

ROSTO (às vezes o meu)

raimundo gomes I 2003

ARTE POÉTICA

Olhar o rio que é de tempo e água
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que os rostos passam como a água.

Sentir que a vigília é outro sono
Que sonha não sonhar e que a morte
Que teme a nossa carne é essa morte
De cada noite, que se chama sono.

Ver no dia ou até no ano um símbolo
Quer dos dias do homem quer dos anos,
Converter a perseguição dos anos
Numa música, um rumor e um símbolo,

Ver só na morte o sono, no ocaso
Um triste ouro, assim é a poesia
Que é imortal e pobre. A poesia
Volta como a aurora e o ocaso

Às vezes certas tardes uma cara
Olha-nos do mais fundo dum espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela a nossa própria cara.

Contam que Ulisses, farto de prodígios
Chorou de amor ao divisar a Ítaca
Verde e humilde. A arte é essa Ítaca
De verde eternidade e não prodígios.

Também é como o rio interminável
Que passa e fica e é cristal dum mesmo
Heraclito inconstante, que é o mesmo
E é outro, como o rio interminável.



BORGES, Jorge Luís, Poemas Escolhidos, Publicações Dom Quixote, Edição bilingue, selecção feita pelo autor, tradução de Ruy Belo, Lisboa, 2003, pp 63 e 65.

quarta-feira, junho 28, 2006

Nova Sede da Fundação Iberê Camargo

Brasil
Siza vieira



Depois de ver este projecto na Bienal de Veneza de 2002, com o prémio "Leão de Ouro", aguardava ansiosamente as primeiras imagens desta obra.

Aqui fica o link onde poderão ver estas e mais imagens, respectivas às várias fases da sua construção.



segunda-feira, junho 26, 2006

Sobre o filme "Klimt"

Numa Viena onde a procura de Beleza torna-se uma procura do útil, Klimt continua à procura dessa Beleza num rosto de uma mulher, que talvez não exista.

“Klimt”, é um filme que mistura o sonho e a vida, os corpos nus e os corpos vestidos, e leva-nos a um olhar mais próximo das próprias “alegorias” de Gustav Kimt.

Um pintor que rebate tudo o que capta com o olhar, para um único plano existente no seu interior. Este olhar não tem perspectiva, nem planos, nem deixa cair sobre si a sombra do conhecimento.

Klimt pede água… ele é apenas mais uma flor.

raimundo gomes, 26 I 06 I 2006.


Klimt





Ficha do Filme:

Título original:
Klimt
De: Raoul Ruiz
Com: John Malcovich, Veronica Ferres, Saffron Burrows
Género: Dra
Classificacao: M/12
ALE/Áustria/FRA/GB, 2006, Cores, 97 min.

Argumento:

Paris, 1900. Gustav Klimt é homenageado na Exposição Universal enquanto em Viena é condenado como provocador. Vive a vida como a pinta, os seus modelos são as suas musas. Klimt está à frente do seu tempo. As suas relações apaixonadas com as mulheres e a busca eterna da perfeição e do amor reflectem-se em todas as suas obras. "Klimt", um filme sobre uma das mais notáveis figuras da modernidade europeia, um pintor que foi maior que o seu país e a sua época, é realizado por Raoul Ruiz.

in: "publico.pt"

site oficial




terça-feira, junho 20, 2006



As surpresas que tens perante o mundo, são as partes do teu corpo que passas a conhecer.


raimundo gomes, 20 I 06 I 2006




“Vais olhar para todos os espectadores da sala um por um e cada um por si.
Lembra-te bem disto: a sala é em si só o mundo inteiro como tu o és, tu também. Nunca te esqueças.”

DURAS; Marguerite, Textos Secretos, Quetzal Editores, Lisboa, 1999, p.22.




Caça às borboletas

foto: "Para onde olham os sonhos",
Raimundo Gomes, 2003.




"Caça às borboletas

Antes de eu entrar na escola e sem prejuízo de algumas viagens de verão, íamos todos os anos para casas de veraneio nos arredores. Durante muito tempo, essas estadas foram-me recordadas pela espaçosa caixa na parede do meu quarto de rapaz, onde se viam os começos de uma colecção de borboleta cujos exemplares mais antigos foram caçados no jardim do Brauhausberg. As borboletas-da-couve com os bordos cortados, as borboleta-limão de asas muitos lustrosas, traziam-me à memoria caçadas ardentes que tantas vezes me tinham levado para longe dos caminhos bem arranjados do jardim, para brenhas onde, impotente, enfrentava as conjurações do vento e dos cheios, da folhagem e do sol, que provavelmente orientavam o voo das borboletas. Voam para uma flor, ficavam a pairar por cima dela. Com a rede no ar, eu só esperava que o poder de atracão que a flor parecia exercer sobre o par de asas completasse o seu trabalho; então o frágil corpo deslizava com leves impulsos laterais, para, igualmente imóvel, ir sombrear outra flor e mais uma vez a deixar com a mesma rapidez, sem lhe tocar. Quando uma vanessa ou uma esfinge, que eu facilmente poderia apanhar, me comia as papas na cabeça hesitando, desviando-se, esperando, eu bem gostaria de me dissolver em luz e ar para me poder aproximar e dominar a presa. E o desejo realizava-se na medida em que cada batimento ou oscilação das asas, que me fascinava, me tocava com o seu sopro ou me fazia estremecer. Começava a impor-se entre nós a velha lei dos caçadores: quanto mais eu me confundia com o animal em todas as minhas fibras, quanto mais eu me tornava borboleta no meu íntimo, tanto mais aquela borboleta se tornava humana em tudo que fazia, até que finalmente, era como se a sua captura fosse o único preço que me permitia recuperar a minha condição humana. Mas quando tudo acabava era penoso fazer o caminho desde o lugar da caçada feliz até ao acampamento, onde o éter, o algodão, os alfinetes de cabeças coloridas e as pinças apareciam na caixa de herborista. E em que estado ficava o terreno atrás de mim! Ervas partidas, flores pisadas; o próprio caçador empenhara o próprio corpo, deixando-se arrastar pela rede. E no meio de tanta destruição, insensibilidade e violência, a borboleta assustada lá continuava, a tremer e apesar disso graciosa, numa dobra da rede. Enquanto fazia este caminho penoso, o caçador era assaltado pelo espírito daquele que está destinado a morrer: Quanto à língua Estranha em que aquela borboleta e as flores se tinham entendido diante dos seus olhos, agora também ele tinha aprendido das suas leis: A sua ânsia de matar diminuíra na mesma proporção em que a sua confiança aumentara. O ar em que aquela borboleta voltejava está totalmente impregnado de uma palavra que desde decénios não passa pelos ouvidos nem pelos lábios. Conservou aquele lado insondável com que os nomes com que os nomes da infância se apresentam aos adultos. O longo Tempo de silenciamento transfigurou-as: É assim que vibra, no ar cheio de borboletas, a palavra “Brauhausberg”.1 A nossa casa de verão ficava no Bauhausberg, perto de Postdam. Mas o nome perdeu toda a pesadez, já nada contem que se relacione com uma fábrica de cerveja, é quando muito um monte envolvido no azul, e que no verão se erguia para nos receber, a mim e aos meus pais. Por isso Postdam da minha infância se destaca de um ar tão azul que parece que as bruxas e almirantes, olhos-de-pavão e auroras que aí esvoaçavam se espalham sobre um daqueles brilhantes esmaltes de Limoges em que se recortam, sobre fundo azul escuro, as ameias e as muralhas de Jerusalém.

1 – À Letra “Monte da fábrica de cerveja”."


BENJAMIN, Walter, Imagens de Pensamento, Edição Assírio & Alvim, Edição e Tradução de João Barrento, Lisboa, 2004, pp. 80-82.



terça-feira, junho 13, 2006

“Não há nada de especial em não nos orientarmos numa cidade. Mas perdermo-nos numa cidade, como nos perdemos numa floresta, é uma coisa que precisa de se aprender. Os nomes da ruas têm então de falar àquele que por elas deambula como o estalar de ramos secos, e as pequenas vielas no interior da cidade mostrar-lhe a hora dia com tanta clareza como um vale na montanha.”

BENJAMIN, Walter, Imagens de Pensamento, Edição Assírio & Alvim, Edição e Tradução de João Barrento, Lisboa, 2004, p.82.

RETIRO: CORPO - PAISAGEM



UM PROJECTO FARPAS TEATRO

EM COLABORAÇÃO COM ANA MIRA (DANÇA CONTEMPORÂNEA)

E LOURENÇO DE AZEVEDO (CHI KUNG - DA CHENG CHUAN)

as datas: 9, 10 e 11 Junho


os workshops:

Correndo sem retorno, os rios são seres secretíssimos supremamente metamorfoseáveis.

Maria Filomena Molder



Numa forma elevada de contemplação da paisagem, os movimentos surgem com afinidade ao caminhar, ao caminhando. É na indeterminação do lugar onde se quer chegar e na impossibilidade de traçar um limite preciso, que exploramos os movimentos do corpo, também ele metamorfoseável, consoante o areal, o rio, o mar, as dunas, o recouvo.

De manhã a exploração centra-se na escuta do corpo aquando o seu despertar, o chi kung e movimentos desta fase ligam o corpo a si e à paisagem. À tarde a pesquisa desenvolve-se na relação do corpo com o ambiente em diferentes espaços na areia ou no mar. No crepúsculo retornamos ao centro com o Chi Kung.

Chi Kung

Das dinâmicas infinitas que observamos no universo, estas podem ser resumidas a dois movimentos primordiais a expansão e a contracção, nas estações nos dias, nos corpos e em todas as células do nosso ser. Longe de ser uma disciplina teórica o Chi Kung ensina ao corpo a reconhecer estas duas forças opostas mas complementares, pelos caminhos da postura da respiração e da intenção. Passo a passo.

Movimentos

As paisagens são espaços transitórios que se vão objectivando durante a exploração de movimento e uma possível abordagem à composição em dança. Partem de imagens, ou seja, sensações perceptíveis no tempo que surgem na permeável relação corpo-atmosfera. É muito sobre a visão - a visão da pele, da escuta. De certas zonas de intensidade do corpo ou densidade do ar revelam-se movimentos com uma certa duração. Um método-partitura introduz cartografias de aproximação e vivência (nas paisagens), onde se agenciam territórios existenciais habitáveis.


Participantes:

- Carlos (organização, Farpas Teatro)
- João (organização, Farpas Teatro)
- Ana (formação corpo, movimento, dança)
- Lourenço (formação chi kung)
- Luisa
- Vanessa
- Raimundo
- Teresa
- Natacha
- Elena
- Lucia
- Agostin

quinta-feira, junho 08, 2006

"O fenómeno não se afasta do obervador. Pelo contrário, está assimilado e enredado na individualidade do observador."

GOETHE, Máximas e Reflexões, Relógio D'Água, p.130.
“O que é que significa compreender uma imagem, um desenho? Aqui também há compreender e não compreender. E estas expressões podem ter diversos sentidos. A imagem é, talvez, como uma vida-silenciosa (1); mas há uma parte que eu não compreendo: não sou capaz de ver nela um corpo, só vejo manchas de cor na tela. - Ou vejo como sendo corpos mas na verdade são objectos que eu não conheço (parecem ser instrumentos, mas não conheço o seu uso). – mas também talvez conheça os objectos mas não compreenda – a sua disposição.”

WITTGENSTEIN, Ludwing, Tratado Lógico-Filosófico * Investigações Filosóficas, Edição Fundação Calouste Gulbenkian, 3ª Edição, Tradução e Prefácio de M. S. Lourenço, Lisboa, 2002.

HÁ PALAVRAS QUE NOS BEIJAM

HÁ PALAVRAS QUE NOS BEIJAM

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill (1924-1986)
Poesias Completa

terça-feira, junho 06, 2006

Olhar não muda o mundo, apenas faz decobrir quem somos.

raimundo gomes, 06 I 06 I 2006.




quinta-feira, maio 18, 2006

Voar é um abrir de uma porta desconhecida. O chão do presente desparece e o movimento de cair no incerto do futuro, destrói as correntes do passado.

Perdemos o tempo, mas gahamos um espaço.....

raimundo gomes, 18 I 05 I 2006.





terça-feira, abril 25, 2006

"Ninguém sabe se a falta de fim de tudo é por andar sempre para a frente para onde nunca se chega, ou por andar sempre à roda para onde não há onde chegar"

PESSOA, Fernando, A Hora do Diabo, Assírio & Alvim, Lisboa, 1997, p.57.



sábado, abril 22, 2006

"Acerca daquilo de que se não pode falar, tem que se ficar em silêncio."

WITTGENSTEIN, Ludwing
, Tratado Lógico-Filosófico; Investigações Filosóficas, Edição: Findação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2002, p.142.
Fazer silêncio como quem rouba espaço ao tempo.... O tecido das horas rasga-se e decobrimos que só na intimidade é que se consegue ver.

raimundo gomes, 10 I 04 I 2006.



quarta-feira, abril 19, 2006

Qual é o espaço que nos ouve, o preenchido ou o vazio?

raimundo gomes, 19 I 04 I 2006.


domingo, abril 16, 2006

"(...) para desenhar a linha da fronteira do pensamento deveríamos ser capazes de pensar ambos os lados da linha (...)."

WITTGENSTEIN, Ludwing, Tratado Lógico-Filosófico; Investigações Filosóficas, Edição: Findação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2002, p.27.
Não sei se caminho ou se os passos que ouço são daquilo que me rodeia.

Os sentidos têm pernas e às vezes não sei para que servem as pernas do meu corpo.

raimundo gomes, 15 I 04 I 2006.
"Profundidade
Uma ideia profunda é uma ideia ou uma observação que transforma em profundidade a pergunta ou a situação concreta.
Se aasim não fosse, tratar-se-ia de um efeito de ressonância e estaríamos a penetrar no âmbito do literário."

VALÉRY, Paul,
Apontamentos, Arte, Literatura, Política & Outros, editora pregaminho, p.31.



É na sombra que vemos a profundidade dos espaços.

raimundo gomes, 15 I 04 I 2006.

sábado, abril 15, 2006

"Só as pessoas que nada sabem criar acreditam que nada existe."

GOETHE, Máximas e Reflexões.
"Podemos perdoar um homem que faça uma coisa útil desde qua não a admire. A única desculpa para fazer uma coisa inútil é ser objecto de intensa admiração.
Toda a arte é perfeitamente inútil."

WILDE, Oscar, O Retrato de Dorian Gray.